Ao concluir estudos básicos em Santa Catarina, ingressou em 1973 na Escola Superior de Teologia (EST) de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Formado em 1978, começou a trabalhar como teólogo em Capanema, cidade do Paraná que fica próxima da divisa com a Argentina. “Trabalhei por cinco anos como pastor da Igreja Luterana em Capanema. Foi por meio deste trabalho que cheguei a Londrina, transferindo-me para a Comunidade Luterana daqui”.
Casou-se pela primeira vez em 1976. Em 89, passou pelo segundo matrimônio com Neide Bittencourt de Mello, com quem teve um filho – Claus Rubens Ruprecht, já falecido. Vivian Caroline e Michelle Mônica Ruprecht são as filhas do primeiro do primeiro casamento. Rubens ajudou a criar e ainda mora com seus dois netos: Leopoldo Rubens Manella e Karla Natalie Rolim.
Concomitante ao trabalho de pastor em Londrina, no qual exerceu por oito anos, Rubens deu aulas de língua alemã no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos, posto que ocupara por dez anos. Curiosamente, sua entrada na UEL em 1984 passou pelo aviso de um de seus alunos. “Ele trouxe um recado de que estavam precisando de professor de alemão no projeto do Laboratório de Línguas e sugeriu minha candidatura ao cargo. Então por via desse aluno, mais o intermédio do professor Jean Marie Breton, minha entrada na universidade se consolidou”.
Um intercâmbio de três meses na Alemanha, porém, o levou a pedir exoneração do cargo de instrutor. “Eu não havia completado dois anos do meu primeiro contrato, então não tinha como pedir um afastamento. Pedir demissão foi a única saída”. Ao retornar, em 1986, prestou concurso e foi novamente admitido em outubro daquele ano.
Com o suor e o trabalho de Rubens e de toda a equipe, o projeto do Laboratório de Línguas se tornou um sucesso na universidade. O Laboratório já chegou a ter 700 alunos matriculados em todas as línguas e completará 40 anos em 07 de outubro de 2014. “Isso deixa todos nós muito orgulhosos, mesmo com todos os percalços que sempre existiram, vemos que o resultado é positivo. É bom olhar para trás e perceber que tudo isso é fruto de todo um trabalho, de uma estrutura construída”.
O interesse de Rubens pelo trabalho e novos conhecimentos o levou às portas da Psicologia, sua segunda área de graduação. Ingressou no curso da própria UEL, concluindo o período em 2003. Entretanto, desde o início da década de 90, atende pacientes numa clínica psicológica em Londrina. Tem diversas pós-graduações, como a de Metodologia e Didática do Ensino Superior, feita em Cornélio Procópio, e o Mestrado em Psicologia na Universidade Estadual Paulista (UNESP) – campus de Assis.
A Teologia nunca ficou de lado. Desde março de 1990, atua no ensino da área no Seminário Teológico Antônio de Godoy Sobrinho (Stags), onde também exerceu a função de professor de psicologia e aconselhamento de 1990 a 2009. “Agora, com a aposentadoria, quero focar meu tempo, estudo e trabalho tanto na Teologia quanto na Psicologia”.
A aposentadoria não intimida Rubens. “Eu não me sinto aposentado. Até por conta de muitas atividades que já tinha planejado. Então ainda não parei, e é provável que eu não pare nos próximos anos. Eu me aposentei até para ter mais tempo para me dedicar a essas duas áreas [Psicologia e Teologia] de formação. Há momentos em que eu preciso parar por conta do estresse, de tanto trabalho que chega. Eu imagino e planejo umas duas ou três décadas de bastante trabalho pela frente”.
A abrangência de áreas de estudo fez de Rubens um trabalhador nato. “Sempre fui viciado em trabalho. Sempre só trabalhei. Mas trabalhei com prazer. Hoje tenho recusado várias propostas e convites por não dar conta de tudo. Hoje só assumo os pedidos de trabalho que me são interessantes, que me dão algum tipo de prazer. Outros eu simplesmente recuso ou encaminho para terceiros”.
Rubens acredita numa via de mão dupla quando perguntado sobre o significado da UEL em sua vida. “Assim como eu dei, eu também recebi. Além de tudo, formei-me em Psicologia aqui. Acredito que essa satisfação que sinto hoje tenha a ver com isso. A satisfação em estar no lugar certo, de ter feito as coisas certas e de hoje sair de coração tranquilo. E até de voltar. Estarei trabalhando de graça aqui no projeto até 2015, e faço isso com o maior prazer. É uma forma de retribuir”.
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